terça-feira, 24 de abril de 2007

Bombril / Antropropaganda!

Após ter mostrado a propaganda criada pela Hakuhodo Inc. – Tokyo da Toyota para o meu Pai, fui dormir pensando no comentário: “Esse não é o meu tipo de propaganda!”. Mas por que não!? O que que tem de errado com essa propaganda!? Tocando no assunto novamente num outro jantar, chegamos a seguinte conclusão: o que são algumas propagandas se não um reflexo de uma cultura regional?


A cultura japonesa contemporânea é uma muito focada na produção industrial tecnológica. Pessoas são vistas e consideradas na sociedade implicitamente como meras peças (bancos, faróis, sensores, etc.) que compõe uma máquina maior chamada Economia. Caso uma dessas peças não venha a funcionar de forma ideal, ela é facilmente substituída. O "Human Touch", atribuído pela marca Toyota como sendo um aspecto positivo na produção dos seus carros, não consegue nem ser percebido pelos consumidores; pouco vale tal toque!

Isso não é uma crítica, apenas uma análise levando em consideração aspectos sócio-culturais.

Agora antecipo o comentário: “Mas e a segunda propaganda que não é nem de uma agência Japonesa e nem direcionada para o público japonês!?”. Bom, o fator comum entre o Japão e a Índia (alvo da propaganda da McCann Eriksson) é a densidade populacional. A propaganda da Happy Dent Teeth também trata o cidadão indiano como uma peça (lâmpadas, lustres, etc.) que sustenta a “funcionabilidade” da Economia localç esta, representada em forma de uma Pirâmide Social.

Existem tanto as propagandas fundamentadas em culturas regionais, quanto aquelas que tem um approach mais global e nenhuma delas está mais certa ou errada que a outra!

Aqui vai mais um exemplo de valores nacionais transpostos em forma de publicidade com fins de se identificar com o público alvo. A volta do Garoto Bombril! Essa propaganda ainda será lançada apesar de já ter sido anunciada. Que a W/Brasil mantenha sempre o critério rigoroso de qualidade!



O símbolo do inatingível no que o Brasil tem de melhor a oferecer: o futebol! Ninguém melhor para criar esse vínculo!

A Bombril já esteve presente anteriormente no Jabraléu e não me surpreenderia se reaparecesse várias vezes ainda!

3 comentários:

Guilherme Shunji Okazaki disse...

Pois é, que bom que o garoto bombril voltou!

Só uma colocação, não sei se é verdade, ouvi dizer que, assim como o Steven Segal (não sei se é assim que se escreve), o Carlos Moreno teve dificuldades pra arranjar empregos em outros lugares, ou até mesmo em outras produtoras de comerciais pelo fato dele ter ficado muito marcado como o Garoto Bombril.

Imagina só se a Assolan tivesse contratado ele pra aparecer pintado de verde no comercial dela.

Gabriel V. P. Gallindo (gallo) disse...

Deve ter alguma clausula no contrato dele com a Bombril que não o permite fazer nenhuma outra propaganda em um certo periodo de tempo para uma concorrente.
Alguns anos atrás quando ainda passava o propganda, eu li uma reportagem sobre uma peça que o Carlos Moreno protagonizava em que ele comentava justamente isso: a dificuldade de se distanciar da relação que ele tem com a mrca Bombril. hehe... ironico né!

quem quer ser o Carlos Moreno levanta a mão!!! haha...

Roberta Sampaio disse...

O mais irônico da história do garoto Bombril, não sei se vocês sabem, mas na época em que foi criada, encarregaram uma produtora para escolher os atores e assim produzir os filmes.

Porém, Carlos Moreno não fazia parte dos atores pré-estabelecidos, era um ator visto pelo dono da produtora em uma peça ao acaso e fez o primeiro comercial para ganhar dinheiro.

Quem diria que um comercial atrairia tanto o público a ponto de se tornar a campanha publicitária que mais tempo ficou no ar com o mesmo personagem, representado pelo mesmo ator. Poucas vezes vemos algo como isso...

 

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